sábado, 25 de agosto de 2012

Se eu fosse esqueleto



Se eu fosse esqueleto não ia poder tomar água nem suco porque ia vazar tudo e molhar a casa inteira.

Tirando isso, ia acordar e pular da cama feliz como um passarinho.

É que ser uma caveira de verdade deve ser muito divertido.

Por exemplo. Faz de conta que um banco está sendo assaltado. Aqueles bandidões nojentões, mauzões, armados até os dentões, berrando:

- Na moral! Cadê a grana?

Se eu fosse esqueleto, entrava no banco e gritava: bu!

Bastaria um simples bu e aquela bandidagem ia cair dura no chão, com as calças molhadas de úmido pavor.

O gerente e os clientes do banco iam agradecer e até me abraçar, só um pouco, mas tenho certeza de que iam.

Se eu fosse caveira, de repente vai ver que eu ia ser considerado um grande herói.

Fora isso, um esqueleto perambulando na rua em plena luz do dia causaria uma baita confusão. O povo correndo sem saber para onde, sirenes gemendo, gente que nunca rezou rezando, o Exército batendo em retirada, aquele mundaréu desesperado e eu lá, todo contente, assobiando na calçada.

Um repórter de TV, segurando o microfone, até podia chegar para me entrevistar:

- Quem é você?

E eu:

- Sou um esqueleto.

E o repórter:

- O senhor fugiu do cemitério?

Aí eu fingia que era surdo:

- Ser mistério?

E o repórter, de novo, mais alto:

- O senhor fugiu do cemitério?

- Assumiu no magistério?

- Cemitério!

- Fala sério? Quem?

Aí o repórter perdia a paciência:

- O senhor é surdo?

E eu:

- Claro que sou! Não está vendo que não tenho nem orelha?

Se eu fosse esqueleto talvez me levassem para a aula de Biologia de alguma escola. Já imagino eu lá parado e o professor tentando me explicar osso por osso, dente por dente, dizendo que os esqueletos são uma espécie de estrutura que segura nossas carnes, órgãos, nervos e músculos.

Fico pensando nas perguntas e nos comentários dos alunos:

- Como ele se chamava?

- É macho ou fêmea?

- Quantos anos ele tem?

- Tem ou tinha?

- Magrinho, não?

- O cara sabia ler ou era analfabeto?

- E a família dele?

- Era rico ou pobre?

- O coitado está rindo de quê?

E ainda:

- Professor, ele era careca?

Enquanto isso, eu lá, no meio da aula, com aquela cara de caveira, sem falar nada para não assustar os alunos e matar o professor do coração.

Uma coisa é certa. Deve ser muito bom ser esqueleto quando chega o Carnaval. Aí a gente nem precisa se fantasiar. Pode sair de casa numa boa, cair no samba, virar folião e seguir pela rua dançando, brincando e sacudindo os ossos. Parece mentira, mas, no Carnaval, porque é tudo brincadeira, a gente sempre acaba sendo do jeito que a gente é de verdade.

Se eu fosse esqueleto, quando chegasse o Carnaval, ia sair cantando:

Quando eu morrer
Não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela


Todo mundo sabe que o maior amigo do homem é o cachorro.

O que a maioria infelizmente desconhece e a ciência moderna esqueceu de pesquisar é que o pior inimigo do esqueleto late, morde, abana o rabo, carrega pulgas e aprecia fazer xixi no poste.

E se eu fosse esqueleto e por acaso um vira-lata me visse na rua, corresse atrás de mim e fugisse com algum osso dos meus?

 http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/se-eu-fosse-esqueleto-689874.shtml


SÁBADO LETIVO NO CATALÃO

Dia 25/08, sábado letivo, estamos reunidos com o colégio Dom Bosco no colégio Eduardo Catalão aprendendo sobre redes sociais.
Será que estamos nos saindo bem? (Patrícia, Graça e Sandra).

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Escola de Pais


Com o objetivo de apoiar a formação dos pais, auxiliando-os a melhor exercerem suas funções educativas, na família, escola e sociedade realizamos no dia 14 de dezembro de 2011 a nossa primeira Escola de Pais, com 98 participantes.Várias questões nas relações afetivas entre pais e filhos mereceram espaço e reflexão, em sete palestras. Na oficina 1 “Férias a brincar, ambientes a explorar” contamos com a participação das professoras Graça e Valquíria tratando sobre a importância do brincar e confeccionando com os pais vários brinquedos. Em “A linguagem do amor: formando a auto-estima dos nossos filhos” a educadora Regina Paiva abordou a importância das palavras no processo de desenvolvimento e formação da criança e da família. Em “Limites sem culpa e sem trauma”, a pedagoga Carla Carqueija esclareceu a importância da disciplina na educação dos filhos. A participação do Conselho Tutelar em “O universo educativo vai além dos muros da escola” foi bastante elogiada. Na oficina 5, Ruana Silva, estagiária de Psicologia da FTC, tratou sobre “Mãe e Pai, pessoas importantes na vida do filho”. Contamos ainda com a participação da professora Lucília Fonseca apresentando o serviço do CRIE (Centro de Referência à Inclusão Escolar).A Escola de Pais não teve a pretensão de solucionar ou oferecer receitas, mas sim de valorizar a aprendizagem permanente aproximando o adulto da realidade e necessidade das crianças, entendendo que a participação e o interesse dos pais podem estimular positivamente o desenvolvimento escolar dos filhos. Em 2012, pretendemos realizar duas novas edições. Aguardem!